"O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética.
O que mais preocupa é o silêncio dos bons".
Martin Luther King































sexta-feira, fevereiro 12, 2010

13º CBAS será realizado em Brasília


O 13º Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais será realizado de 31/07 a 05/08/2010, em Brasília (DF). O evento, que ocorre de três em três anos, costuma reunir milhares de profissionais e estudantes para apreciar temas da atualidade, bem como conhecer a produção intelectual da categoria e as experiências profissionais desenvolvidas pelo Brasil.
Trabalhos científicos podem ser encaminhados para apreciação da comissão científica do evento até o dia 28 de fevereiro. Caso aprovado, sua apresentação pode ser feita na modalidade oral ou em pôster. Serão realizadas catorze diferentes sessões temáticas, de forma a abranger a diversidade de campos de atuação profissional e pesquisas dos assistentes sociais.
Detalhes sobre o evento, como forma de inscrição de trabalhos, custos previstos e outras informações, podem ser obtidos pela página eletrônica www.cbas.com.br
O tema central do 13º CBAS será o tema central "Lutas sociais e exercício profissional no contexto da crise do capital: mediações e a consolidação do projeto ético-político do Serviço Social".

O movimento de reconceituação na América Latina e suas pecularidades no Brasil


O Movimento de Reconcetuação constitui um marco na história do Serviço Social latino americano e se emerge por volta dos anos de 1965. O Serviço Social estava sofrendo uma erosão das suas práticas tradicionais, com isso, um grupo de assistentes sociais se organiza em um Movimento, para dar um novo conceito ao Serviço Social latino americano, questionando as práticas tradicionais (prática empirista, burocratizada, paliativa) com o objetivo de construir um Serviço Social que atendesse às necessidades da América Latina. As práticas profissionais até então eram orientadas pela burguesia para atender aos seus interesses, ou seja, tinha sempre a orientação capitalista da vida social para enfrentar a questão social.
O movimento nas fábricas do Norte da Itália, as passeatas do Rio de Janeiro, as manifestações em Berlim-Oeste, contribuíram para que o Movimento se constituísse como um fenômeno internacional, criticando assim a ordem capitalista.
O padrão de desenvolvimento capitalista entra em crise, com isso as estruturas sociais do mundo capitalista, ganha uma nova dinâmica e a classe subalterna encontra um quadro favorável para se mobilizar em defesa de seus interesses imediatos.
Devido diferenças existentes na sociedade capitalista mais desenvolvidas, onde as revoluções técnicas e científicas se faziam presente, começam a reivindicar sobre categorias específicas (como: mulheres, negros, crianças, jovens); sobre o ambiente natural e social equipamento científico, a cidade, a preservação do ecossistema); direitos emergentes (lazer, educação, prazer) entre outros. Esses movimentos questionavam a racionalidade do Estado burguês, suas instituições e negavam o estilo de vida da ordem burguesa, questionavam também sobre a cidadania (que era fundada na propriedade privada) e a atividade política.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social se fomenta na contestação das práticas profissionais tradicionais, questionando a ordem burguesa, as instituições, as organizações governamentais, as políticas do Welfare State, que configuravam uma enganosa assepsia política, que foi formalizada tecnicamente, porém negava a participação profissional a favor de seus próprios resultados.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina negou a neutralidade profissional que historicamente orientava a profissão, e contribuiu para que os assistentes sociais pudessem está identificando a existência de dois lados antagônicos: dominantes e dominados e abriu na categoria a possibilidade de um debate coletivo sobre a dimensão política da profissão.
O Movimento de Reconceituação no Brasil se dá a partir da segunda metade dos anos setenta, quando a Ditadura Militar vai perdendo a sua força, onde os assistentes sociais começam a ter um maior contato com o pensamento crítico-dialético, de raiz marxiana, começando a criticar o tradicionalismo. Por volta dos anos de 1970 aos 1980, os movimentos sindicais e operários contribuíram para os assistentes sociais que pretendiam romper com o tradicionalismo. O movimento de Reconceituação no Brasil é comprometido com os interesses da população, busca investir nas pesquisas, qualificar a formação acadêmica e sua interlocução com as ciências sociais.
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social constitui, portanto, a ruptura do serviço social tradicional, conservador, buscando uma nova identidade profissional com ações voltadas para as demandas da classe trabalhadora, passando a ter uma visão política da intervenção e interação.
FONTE: http://maisareis.blogspot.com/search/label/SERVI%C3%87O%20SOCIAL